A autoestima é a avaliação subjetiva que um indivíduo faz de si próprio como sendo intrinsecamente positiva ou negativa. É um conjunto de sentimentos e pensamentos do indivíduo sobre si mesmo. É contruída a partir das experiencias pessoais, emoções, crenças, comportamentos, autoimagem e da imagem que nós percecionamos que os outros têm sobre nós.
Ter uma autoestima saudável significa ter confiança nas nossas competências e valor como pessoa, bem como ter respeito e amor-próprio.
Existem várias estratégias para trabalhar ou fortalecer a autoestima:
- Praticar o autocuidado: dedicar tempo para cuidar de nós, seja através de exercício físico, alimentação saudável, sono adequado ou atividades prazerosas.
- Reconhecer as próprias conquistas: festejar as realizações, por menores que sejam. Reconhecer e valorizar as nossas conquistas aumenta a confiança em nós mesmos; é estar a reforçar a ideia de vencedores, de triunfo.
- Autoaceitação: aceitarmo-nos como somos. Todos nós temos caraterísticas únicas e imperfeições. Aprender a aceitarmo-nos e amarmo-nos a nós mesmos, valorizando as nossas qualidades e trabalhando os nossos pontos fracos, é, além do mais, a melhor forma de crescer e evoluir como pessoa.
- Não nos comparar com os outros: o mundo em que vivemos é demasiado competitivo. Isso faz-nos cair num grande erro. Faz-nos acreditar que o nosso sucesso pessoal ou profissional só será alcançado quando superamos o de outras pessoas. Cada um de nós tem um caminho distinto com competências e limitações diferentes.
- Autoconhecimento: Termos noção de nós significa perceber a nossa realidade e mais facilmente saber lidar connosco. O que é que realmente funciona connosco e não funciona? O que é que nos faz sentir mais autoconfiantes? É praticar um exercício? Aprender algo novo? Fazer alguma atividade que já dominamos? Praticar a solidariedade? É fundamental encontrar o que funciona para a nossa situação e voltar a isso sempre que nos sentirmos com a autoestima em baixo. Desenvolver atividades que nos permite o crescimento pessoal valorizando os nossos interesses e gostos aumenta a autoconfiança e logo, a autoestima.
- Agradecer: É muito importante saber ser grato. Ser grato é ter a força de cultivar melhores experiências. É perceber que nem tudo é um mar de rosas, hoje poderá ser um dia menos bom, mas contribui de igual forma para o nosso desenvolvimento como pessoas. É importante ter tolerância à frustração. E, são os desafios que quando aceites e agradecidos nos permitem reconhecer o nosso verdadeiro poder como indivíduos, capazes de reconhecer falhas, estar atentos para aprender e mudar ou retificar pensamentos e comportamentos, e, fazer melhor. Por outro lado, quando notamos em todo o bem que há dentro de nós e nas ações que praticamos ao nosso redor e no mundo, somos mais felizes e conseguimos impulsionarmo-nos para melhores atitudes.
- Viver no presente: O importante é o agora. “Passado é museu”. Não importa o que está para trás ou o que virá acontecer. O passado serve para crescer e não repetir erros ou experiências dolorosas e de sofrimento. Serve para percebermos que dentro daquelas circunstâncias ou outras idênticas, já sabemos posicionarmo-nos. O futuro constrói-se a partir do hoje. Portanto, se hoje eu estiver feliz e consciente do que me satisfaz, é provável que no futuro eu tenha as estratégias adquiridas para saber fazer bem e melhor.
Para concluir: é importante termos a compreensão de que fortalecer a autoestima é um processo contínuo. Se estivermos numa fase em que enfrentamos dificuldades para melhorar a nossa autoestima ou estamos atravessar um momento mais desafiante, será sempre útil procurar ajuda com um profissional de saúde mental, que será um psicólogo.