Qualquer psicoterapia é, acima de tudo, um trabalho de relação entre duas pessoas.
Nesta relação, o psicólogo empenha a sua personalidade e o seu saber, decorrente da sua experiência e formação, no sentido, de desenvolver, na pessoa, a confiança e a recetividade. Assim, a relação terapêutica constitui-se como o protótipo de todas as relações humanas, ao serviço da articulação, elaboração e revisão das construções mentais, empregues pelo paciente, como forma de organizar a sua experiência e ação.
A relação terapêutica é, portanto, uma relação de ajuda, compreensão e apoio na qual o psicólogo não realiza julgamentos, ou juízos de valor. Pelo contrário, leva a pessoa a uma abertura do seu campo de visão, para que possa perceber a sua vida sob novas perspetivas, alterando o seu comportamento e atitudes, analisar e entender melhor as suas características, potencialidades e limites, utilizando o conhecimento adquirido em benefício de seu crescimento pessoal.